Fotos com drone exigem muito planejamento, técnica e disciplina para conseguirmos um bom resultado. Além das questões envolvendo a fotografia em si, tais como exposição, enquadramento, iluminação, como também horário de tomadas das fotos, temos que levar em conta variáveis metereológicas, como chuva e vento e também respeitar a legislação vigente.
Para este projeto, com o propósito de capturar fotos com drone das 33 usinas da Copersucar (https://www.copersucar.com.br/), distribuídas pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná, realizamos um cuidadoso planejamento do trabalho, que consistiu em traçar as melhores rotas de viagem para otimizar o tempo, como também definir uma sequência de imagens predefinida para cada usina, de acordo com seu tamanho e estrutura industrial.
O DESAFIO DAS FOTOS COM DRONE
No final de 2019 meu parceiro Fernando Cassaro, da Stella Comunicação (https://www.stellacom.com.br/) me ligou solicitando um orçamento para fotografar todas as usinas da Copersucar. O ano já estava acabado, metas cumpridas e pouco antes do Natal aparece esta oportunidade de começar o novo ano com um grande trabalho contratado.
Orçamento aprovado, partimos para o planejamento da missão. O tempo era curto. Tudo tinha que estar pronto na segunda semana de fevereiro de 2020, e com as festas de final de ano e férias no início de janeiro, o trabalho só poderia começar na terceira semana de janeiro.
PLANEJAMENTO
Antes de partir para a estrada foi definido todo um planejamento de como as fotos com drone seriam produzidas. Umas das limitações dos drones é a duração das baterias.
Usamos um Phanton 4 Pro, que possui baterias com duração nominal de 30 minutos, embora na prática permitem um voo seguro de no máximo 20 minutos.
A programação de captura de fotos previa fotografar de 3 a 7 usinas por dia, dependendo da localização e da proximadade entre elas, de modo a cumprir o prazo estipulado pelo cliente.
A ideia seria usar 2 baterias para cada usina.
Usamos um inversor 12V para 110V ligado no acendedor de cigarros do carro, dessa forma podíamos carregar as baterias logo após o uso e durante os deslocamentos, com o propósito de ter baterias disponíveis para uso o dia todo.
Para conseguir cumprir o cronograma definimos uma estratégia básica de tomada das fotos, que envolvia a captura inicial de fotos mais abertas e gerais, e que necessitavam de uma maior distância de voo além da usina e posteriormente as fotos mais fechadas dos detalhas da estrutura industrial.
Esta estratégia funcionou perfeitamente e otimizamos ao máximo o uso das baterias em condições de voo seguras.
ROTEIRO DE VIAGEM
A equipe de comunicação da Copersucar agendou todas as visitas previamente, e com a programação fechada partimos para a estrada.
6 MIL QUILÔMETROS EM 7 DIAS DE ESTRADA
Foram 7 dias de estrada, partindo de Campinas pela rodovia Anhanguera para as primeiras usinas mais próximas em Araras, Mococa e Pirassununga. Em seguida rumamos para a região de Ribeirão Preto, com várias usinas no entorno da cidade.
A Usina Buriti foi a próxima parada, já nos aproximando da divisa com Minas Gerias, onde nossa próxima parada seria em Uberaba. No triângulo mineiro uma puxada de mais 150 km até Frutal.
O próximo destino foi a região das três divisas (Minas, São Paulo e Mato Grosso do Sul), seguindo as margens do Rio Tietê em direção ao grande Rio Paraná.
Pausa para descanso
Um dia de chuva no meio da viagem serviu para um bom descanso, mas atrasou o planejamento! Com o tempo bom na manhã seguinte rumamos para o sul em direção a Usina Zillor em Quatá, na região de Presidente Prudente.
Como o planejamento estava atrasado, a saída foi rodar mais de 450 km no dia e fotografar 5 usinas, iniciando às 7 da manhã e finalizando ao por do sol em Novo Horizonte, na Usina Estiva.
Na manhã de sábado cruzamos novamente o Rio Tietê em direção a Iacanga, depois Macatuba, Lençóis Paulista e finalmente São Manoel, onde finalizamos o dia de trabalho no início da tarde. Domingo dia de folga, ninguém é de ferro!
Na segunda pela manhã partimos novamente de Campinas em direção ao Paraná, cidade de Jacarezinho, com a usina de mesmo nome. A partir de lá retornamos em direção à nossa base, passando pelas usinas de Ourinhos, Avaré e finalmente Cerquilho, na Usina Santa Maria.
Fim da jornada!
EDIÇÃO DAS IMAGENS
A edição das fotos com drones produziu as imagens desejadas pelo cliente!
Formato bruto
Todas as fotos com drone foram produzidas em formato RAW, que no caso dos drones da DJI são arquivos gravados em DNG.
A escolha por este formato é a indicada para este tipo de trabalho de grande porte, pois permite o tratamento posterior das fotos para os mais variados usos.
O licenciamento negociado para as fotos foi para uso interno da empresa, na forma de impressões que seriam usadas para decorar um espaço na nova sede da empresa.
Definimos em conjunto com a agência de comunicação e a empresa contratante que a melhor opção seria a conversão das imagens para preto e branco.
A visão aérea proporcionada pelos drones alçou a fotografia a um novo patamar.
O mobilidade da câmera associada à visão aérea permite encontrar novos ângulos e explorar novas possibilidades na linguagem fotográfica.
Opção pelo P&B
Neste trabalho foi possível inserir as estruturas industriais no seu contexto produtivo, ressaltando suas estruturas metálicas e tubulares cercadas pelo mar de cana em sua volta, como também pelas artérias de escoamento formadas pelas rodovias no seu entorno.
O tratamento das imagens em P&B permitiu ressaltar em cada fotografia os elementos e as estruturas mais impactantes de cada usina.
O processo utilizado permitiu dar mais contraste e dramaticidade às nuvens do céu em determinada imagem, e por outro lado ressaltar ou minimizar elementos na busca da imagem final mais impactante.
O processo do fotógrafo digital contemporâneo começa na captura da imagem, onde se faz a escolha do ângulo e da luz certa, e termina no tratamento no computador.
Na edição aplicamos os filtros que dão o toque final, criando a imagem perfeita para representar cada usina.
GALERIA DE FOTOS
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